Provérbios 7

A primeira coisa que me veio à cabeça quando eu terminei de ler esse capítulo foi: "nossa, que tenso!". Ao pé da letra, o capítulo conta sobre um jovem, sendo seduzido por uma mulher adúltera e que se entrega aos encantos dela. Aí você pode pensar "ah, mas nossa, isso não tem nada a ver comigo, não tem nada a ver com a minha realidade". Será que não?

O capítulo 5 também falava sobre a mulher adúltera e, se você prestar bem atenção, a mensagem nos dois capítulos é bem parecida: cuidado. A gente tende a imaginar as coisas que são más como coisas que tem uma má aparência, são desagradáveis aos nossos olhos e certamente não cheiram bem. Mas o que o texto nos alerta é que, na verdade, o contrário é bem provável: que o que é mau, tenha uma aparência boa.

Se lá no capítulo 5 o autor fala que "sua boca destila favos de mel", aqui no capítulo 7, ele conta dessas palavras "doces", como, de mansinho, essa mulher foi convencendo o tal jovem de que o encontro deles era sim uma boa idéia, o marido não estava em casa, já estava tudo arrumado, ele ia voltar rapidinho pra casa... Percebe? "Seduzio-o com as suas muitas palavras e com os elogios dos seus lábios o arrastou" (v.21).

Agora traz isso pra sua realidade: "ah, ninguém vai ficar sabendo", "não é nada de mais", "você não está fazendo nada de errado"... E se a gente não estiver atento, vamos acabar como o jovem, "como boi que vai ao matadouro, sem saber que isso lhe custará a vida" (v.22, 23). Tenso, né? E é por essas e por outras que devemos guardar a sabedoria de Deus no nosso coração, é por isso que o autor martela taaanto nessa tecla (reparou que em todos os capítulos ele sempre começa mais ou menos do mesmo jeito?). Fique atento, guarde os mandamentos no seu coração e, quando o mal vier, você vai saber reconhecê-lo e saber o que fazer: desviar e passar bem longe dele : )